SES divulga comunicado sobre risco de intoxicação por metanol
Luiza Goulart | SES-MT
O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs-MT) da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) publicou um Comunicado de Risco para os profissionais de saúde de Mato Grosso sobre a intoxicação por metanol, devido à ocorrência de um surto em São Paulo, associado a bebidas alcoólicas adulteradas.
Até o momento, não há registro de casos confirmados ou suspeitos em Mato Grosso. Foram registrados 43 casos de intoxicação por metanol no país, sendo 39 em São Paulo. Foi confirmada uma morte em São Paulo e outras oito estão em investigação nos estados de São Paulo, Pernambuco e Bahia.
O documento do Cievs traz orientações tanto para os profissionais de saúde quanto para os gestores de Saúde Pública sobre sintomas, exames essenciais e protocolos de tratamento. O cenário exige uma resposta coordenada e um sistema de vigilância ágil para a detecção precoce de surtos.
Segundo o responsável técnico pelo Cievs, Menandes Alves de Souza Neto, o setor está em contato constante com as demais áreas da Secretaria e com a rede Cievs do Brasil, para acompanhar a situação nos outros Estados.
A intoxicação por metanol é um evento de Saúde Pública de importância nacional, sendo, portanto, de notificação compulsória.
“Monitoramos rumores sobre possíveis casos, mas é importante reforçar que não há registro de ocorrências nos sistemas oficiais do Estado, nem mesmo de denúncias ou casos suspeitos. Fazemos esse alerta pois é muito importante que os profissionais de saúde notifiquem qualquer caso suspeito ao Cievs imediatamente”, afirmou.
De acordo com o técnico, o diagnóstico da intoxicação por metanol é um desafio por causa dos sintomas iniciais inespecíficos. De seis a 12 horas após a ingestão do metanol, os sinais são semelhantes aos da embriaguez comum, como náusea, vômito, dor abdominal, cefaleia e confusão mental.
De 12 a 24 horas, começa a toxicidade sistêmica grave, em que podem haver manifestações visuais, como visão turva, fotofobia e pupilas dilatadas, e evoluir rapidamente para cegueira permanente; neurológicas, com cefaleia intensa, convulsões e coma; e metabólicas, com respiração rápida e profunda.
O comunicado de risco também trata da investigação epidemiológica em caso positivo, para identificar a fonte da contaminação, prevenir novos casos e rastrear todos os indivíduos expostos para garantir a avaliação médica precoce.
A Secretaria de Estado de Saúde destacou o trabalho dos órgãos responsáveis pela regulação e fiscalização, que vêm intensificando as ações de controle na cadeia de distribuição de bebidas alcoólicas. O objetivo é coibir a adulteração de produtos e reforçar a vigilância sobre substâncias químicas industriais, como o metanol, prevenindo seu desvio e uso indevido.
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