Médicos especializandos da Escola de Saúde Pública atendem idosos em abrigo
Luiza Goulart | SES-MT
A Escola de Saúde Pública (ESP-MT), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), promoveu, de segunda a sexta-feira (8 a 12.9), 40 horas de práticas de trabalho de campo para os 23 médicos que participam da terceira turma de especialização em hanseníase.
A ação foi realizada com a supervisão dos docentes Claudio Salgado, Francisco de Almeida Neto e Cléverson Soares e atendeu idosos institucionalizados na Fundação Abrigo Bom Jesus com a realização de exames para detectar casos de hanseníase e o rastreamento de contatos.
Segundo a superintendente da ESP-MT, Silvia Tomaz, o objetivo da atividade foi de proporcionar ao médico especialista em formação uma experiência integrada de aplicação prática dos conhecimentos adquiridos em imunologia, clínica e histopatologia da hanseníase.
“Desta forma, eles podem aprender a atender melhor os pacientes por meio de atividade de campo, articulando teoria, prática assistencial e investigação diagnóstica. Assim, os alunos também desenvolvem habilidades de anamnese e exame físico para a identificação de sinais e sintomas de hanseníase em populações vulneráveis”, explicou Sílvia.
Além de atender bem aos idosos institucionalizados, os alunos da terceira turma de especialização também realizaram o atendimento de 34 funcionários do abrigo, entre cuidadores e equipes de saúde.
A voluntária e atual presidente da Fundação Abrigo Bom Jesus, Márcia Ferreira, destacou que a atividade realizada pela ESP-MT foi importantíssima, pois são mais de 20 médicos profissionais que chegaram em um momento em que o abrigo está sem médicos para cuidar dos idosos que moram no local.
“Para nós, além do trabalho de hanseníase, que é a especialização deles, muitos desses profissionais nos ajudaram também no atendimento a outras causas. E, especificamente sobre hanseníase, para nós foi fundamental ser quase que um laboratório para eles, onde eles puderam observar 97 idosos que moram aqui”, considerou Márcia.
A presidente da Fundação elogiou ainda a parceria firmada com a Escola de Saúde Pública. “Fazer esse atendimento preventivo é muito importante e essa parceria com a Escola de Saúde nos dá uma segurança de que a gente pode ofertar uma qualidade de vida maior para os institucionalizados”, afirmou.
Os alunos também aprenderam técnicas de coleta de biópsia para análise de resistência medicamentosa (RM) nos centros de referência nacionais e como redigir um laudo médico de qualidade para o paciente com hanseníase.
3ª turma de especialização em hanseníase para médicos
A terceira turma começou o Curso de Especialização em Hansenologia em março deste ano e terá uma carga horária de 440 horas, distribuídas entre aulas presenciais, workshops, estudos de caso e visitas às unidades de saúde.
Com essa turma, a ESP e a SBH (Sociedade Brasileira de Hansenologia) ampliam o ciclo de formação de hansenólogos para as 16 Regiões de Saúde de Mato Grosso, incluindo qualificação não só para médicos, mas para toda a equipe que atende pessoas acometidas com hanseníase no Estado.
A hanseníase é uma doença crônica e transmissível, mas que tem cura e pode ser tratada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
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